“Novo céu e nova terra”: Por que o pentecostalismo brasileiro não se engaja em causas ecológicas?

Resumo

O título desta comunicação já pressupõe a hipótese sugerida: o pentecostalismo brasileiro rejeita o engajamento ecológico. “Novo céu e nova terra” (Ap 21,1), para a fé pentecostal, são lugares de um futuro distante, longe da Terra. A esperança de um planeta restaurado não faz parte do imaginário pentecostal que, por sua vez, determina o comportamento alienante diante das causas ecológicas. Quais são os elementos teológicos determinantes de tal comportamento? Com o intuito de responder esta pergunta fundamental, o texto analisa as matrizes hermenêutica e escatológica do movimento pentecostal no Brasil e suas implicações para o não engajamento ecológico.

Palavras-chave: Pentecostalismo. Escatologia. Hermenêutica bíblica. Ecologia.

1.      Introdução

O mapeamento religioso feito pelo Censo 2010 do IBGE de 2010 aponta para o crescimento do pentecostalismo no Brasil. Dos mais de 42 milhões de evangélicos no Brasil, mais de 25 milhões são pentecostais. Sem avaliar os critérios utilizados pelo IBGE para diferenciar os grupos: Evangélicos de Missão, Evangélicos de Imigração, Pentecostais e Neopentecostais, neste texto, “pentecostais” são os fiéis pertencentes às igrejas: Assembleia de Deus, Quadrangular, Deus é Amor, Nova Vida e as suas dissidentes, bem como crentes das igrejas históricas: Batista, Presbiteriana, Metodista etc. que foram profundamente influenciados pela onda pentecostal.

Essas igrejas compõem o pentecostalismo brasileiro. É o movimento religioso que mais cresce no Brasil. Só para se ter uma ideia, a maior igreja pentecostal no Brasil, Assembleia de Deus, tem aproximadamente 12,5 milhões de fiéis. É mais gente do que todas as neopentecostais juntas. O número de pentecostais no Brasil supera a soma de habitantes das quatro maiores capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília. Assim, assuntos relacionados a esse segmento religioso têm grande relevância no cenário nacional.

Há esforços e divergências para explicar o surgimento e o desenvolvimento do pentecostalismo no Brasil. O movimento da Azuza Street[2], igrejas de mediação e pequenas seitas que se formam no vácuo da expansão das igrejas históricas são algumas das opções para se falar sobre a origem do pentecostalismo no Brasil. Mesmo diante da complexidade do movimento, percebem-se suas raízes teológicas oriundas de eventos como o do montanismo, dos anabatistas, dos Quakers e do metodismo, que deram ao pentecostalismo brasileiro características próprias: independência, doutrinas peculiares, hermenêutica própria, ênfase na pneumatologia e nos dons, evangelização agressiva, fundamentalismo teológico e milenarismo apocalíptico.

No Brasil, o pentecostalismo tem vários começos a partir de sua chegada no início do século XX. Por aqui se inculturou, construindo fases, linhagens e denominações. O número atual de adeptos pentecostais agrega, de fato, enorme variedade de orientações que nascem das antigas denominações aqui implantadas, bem como das práticas geradas nos últimos tempos, sobretudo nos Estados Unidos da América, e pelo espírito religioso autônomo dos fundadores locais (PASSOS, 2005,p.53).

O movimento pentecostal é identificado por seu elemento mais distintivo: a glossolalia, o que pode não ser apenas reducionista, mas, também, simplista. Nesse viés, o pentecostalismo representa, muito mais, a confluência de elementos teológicos exuberantes, próprios do final do século XIX, tais como: o movimento de cura divina, a teologia escatológica apocalíptica, o movimento de oposição às escolas alemãs de teologia liberal, denominado pietismo, e ao movimento de santidade, denominado puritanismo ou Holiness.

O pentecostalismo inspirou numerosos movimentos religiosos autóctones, milenarismos endógenos que misturam a tradição cristã entusiasta, o culto do herói fundador e o universo das crenças populares (BASTIAN, 2004, p.26). Além disso, o pentecostalismo tem, no seu bojo, características apocalípticas amalgamadas a uma liturgia dinâmica com perspectivas messiânicas, fruto das crenças populares que lhe dão características próprias.

2.      Organizações paraeclesiásticas e o dispensacionalismo

Do ponto de vista teológico, o pentecostalismo é dependente de uma teologia importada das organizações paraeclesiásticas que, segundo Antônio Gouvêa Mendonça e Prócoro Velasques Filho, são:

Organizações missionárias diferentes das tradicionais. Elas não se ligam às juntas ou comitês das grandes Igrejas norte-americanas, mas se organizam independentemente delas com contribuições em dinheiro de membros das diversas Igrejas que assumem compromissos individuais de sustentação de missões ou missionários […] As paraeclesiásticas agem de três diferentes níveis: evangelização de massa, acampamentos para juventude e literatura (MENDONÇA, FILHO, 2002, p. 55-58).

Essas organizações injetaram nas igrejas pentecostais brasileiras o ideário messiânico estadunidense que tem provocado um efeito paralisante.

Ao mesmo tempo em que reforçam suas linhas demarcatórias em relação à sociedade brasileira, uma vez que os padrões injetados pertencem a outro universo, impedem-nas de reformular seu pensamento e prática bem como de avançar, aos poucos, na direção dos valores da sociedade brasileira. O efeito paralisante produz dois efeitos: primeiro, contorna o perigo de as Igrejas caminharem para uma teologia mais autônoma que as capacite e as libere para as lutas sociais; segundo, limita a migração dos protestantes tradicionais de origem missionária para as Igrejas pentecostais, Igrejas que, embora portadoras de uma teologia muito conservadora e fundamentalista, situam-se fora de qualquer forma de controle externo (MENDONÇA, FILHO, 2002, p.24).

As paraeclesiásticas enfraquecem as Igrejas de dois modos: primeiro, pela paralisação a que induzem pela teologia de corte fundamentalista difundida entre as massas e, segundo, pelo conformismo das Igrejas que delegam às paraeclesiásticas projetos que deveriam empreender.

Uma das obras “clássicas” trazidas pelas paraeclesiásticas e que baliza a teologia pentecostal é a Bíblia de Scofield com Referências, popularmente conhecida como a Bíblia de Scofield, versão das escrituras cristãs, editada por Cyrus I. Scofield (1843-1921)[3]. No comentário que preparou para sua edição da Bíblia, inserido às margens do texto, Scofield aprofundou, aperfeiçoou e divulgou a teoria dispensacionalista de John N. Darby (1800-1882), fundador do movimento evangélico Irmãos de Plymouth, conhecido também como Igreja dos Irmãos. A publicação da Bíblia de Scofield, em 1909, fez com que fosse erroneamente atribuída a Scofield a formulação da teoria dispensacionalista.

No Brasil, a Bíblia de Scofield foi publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil em 1983 com uma tiragem de 30 mil exemplares. Com o texto de João Ferreira de Almeida, revisto e atualizado, e com notas explicativas, a Bíblia de Scofield apresenta uma introdução em que o autor dos comentários busca demonstrar a relevância da sua teologia dispensacionalista. Essas anotações têm sido instrumentos de doutrinação dispensacionalista inclusive em círculos e púlpitos de tradição reformada.

O dispensacionalismo, espécie de filosofia cristã da história, sustenta a existência de sete dispensações. Isto é, sete sistemas diferentes e sucessivos da relação de Deus com a humanidade, todos devidamente referidos na Bíblia, que configuram uma teologia da história com marcos irreversíveis diante dos quais o ser humano é inteiramente impotente. Cabe ao homem somente a responsabilidade de ler, nos eventos históricos, os sinais que configuram o superar das dispensações no sentido da sua própria preparação para o fim.

O dispensacionalismo é um esquema pré-milenista. Para Scofield, há sete dispensações, conforme as formas diferentes de relacionamento entre Deus e o ser humano, a partir de relatos bíblicos: Inocência (Gn 1,28 – no Éden), Consciência (3,7 – da Queda ao Dilúvio), Governo Humano (Gn 8,15 – de Noé a Babel), Promessa (Gn 12,1 – Abraão ao Egito), Lei (Ex 19,1 – Moisés a João Batista), Igreja ou Graça (Jo 1,17 e At 2,1) e o Reino ou Milênio (Ap 20.4).

Scofield faz uma separação entre Israel e Igreja. Israel teve origem na promessa divina a Abraão, mas a Igreja começou no Pentecostes devido à recusa dos judeus em aceitar o reino messiânico de Cristo. De modo que, a dispensação da graça é um mero parêntese na história da salvação. Em outras palavras, a Igreja é um “plano B” de Deus diante da recusa dos judeus a proposta de salvação e uma forma de salvar os “gentios”.

Segundo Scofield, a sexta dispensação, a da graça, é a época em que vivemos. Vai da crucificação de Jesus Cristo ao seu retorno futuro. Um dos resultados disso é certo menosprezo pelas dispensações anteriores, que surgem apenas como etapas ultrapassadas. Isso conduz inevitavelmente a certa hierarquização dos escritos bíblicos: as cartas de Paulo ganham preponderância enquanto perdem valor os evangelhos, uma vez que procedem da quinta dispensação, em que a humanidade ainda estava sob o domínio da lei.

3.      Escatologia pentecostal

A última dispensação, o Reino, marca a apocalítica dispensacionalista, determinante para a escatologia pentecostal. A passagem básica é Apocalipse 20,4-6:

Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurados e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos.

A escatologia pentecostal insiste na interpretação literal dessa passagem. Duas ressurreições, espiritual (regeneração) e literal (corporal), para dois grupos distintos com um intervalo de mil anos. O pré-milenismo acredita no milênio como um evento repentino, cataclísmico. Haverá uma ruptura bem marcante em relação às condições conforme as encontramos agora.

A ilustração abaixo aclara, em linhas gerais, a escatologia pentecostal dispensacionalista:

A Era da Igreja, sexta dispensação, termina com o seu arrebatamento por Jesus (1Ts 4,17) e, imediatamente, tem-se o início do Reinado do Anticristo por sete anos, anos de tribulação (Mt 24). Neste momento, os cristãos estarão com o Senhor e retornam com Ele para a grande Batalha do Armagedom (Ap 16,16; 19,11-21) e destruição do Anticristo. Dá-se o início de uma nova era: o Milênio – período de mil anos de paz sobre a Terra em que justos reinarão plenamente com o Senhor (Ap 20,1-6). O milênio termina com uma ação de Satanás que desviará alguns fiéis aí ele será destruído definitivamente (Ap 20, 7-10) e então virá o fim: o Estado Eterno ou a Nova Jerusalém (Ap 21,9-27):

Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro; e me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e me mostrou a santa cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, a qual tem a glória de Deus (vs.9-11).

Na lógica dispensacionalista, a Nova Jerusalém é um lugar diferente da Terra. Não se sabe exatamente onde fica, mas não fica aqui. É um lugar numa outra dimensão de existência. Não tem nenhuma relação com o antigo planeta Terra. É um novo céu e uma nova terra frutos de uma ação recriadora do Criador: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21,1).

A partir dessa ótica, não há sentido para o pentecostal, que tem uma concepção dispensasionalista, falar sobre engajamento ecológico. A visão é pessimista sobre o futuro do Planeta Azul. Catástrofes naturais e destruição do planeta fazem parte dos sinais que antecedem a vinda do Senhor (Mt 24,29). Não há esperança para a Terra.

Mas, qual é o tipo de leitura bíblica que embasa a escatologia pentecostal?

4.      Hermenêutica pentecostal

Diferente da opção paulina assumida pelo protestantismo clássico, o pentecostalismo tem hermenêutica própria, a partir da ótica lucana descrita em Atos dos apóstolos, que se constrói na dialética entre a experiência e a Bíblia, mediada pelo Espírito Santo.

A hermenêutica pentecostal é idealista, vê a Bíblia, Palavra de Deus, inspirada, infalível e inerrante, como a única “propriedade” legítima do pentecostal para questões normativas absolutas. E o pastor pentecostal como aquele capaz de decodificar os segredos do texto bíblico por meio de “ecos” de interpretações difundidas nas comunidades.

É a Bíblia que normatiza toda a revelação do Espírito na vida do crente. Toda profecia pentecostal está subordinada à revelação bíblica. Mas, por outro lado, só o Espírito Santo é capaz de guiar o povo à interpretação das Escrituras. No pentecostalismo opera-se a popularização do “magistério”, já que dentro da comunidade, a leitura bíblica está mediada pela tradição derivada, na maioria dos casos, do pastor fundador da denominação.

A Bíblia, no pentecostalismo, é símbolo que identifica o convertido e lhe oferece segurança especial. A leitura dos textos bíblicos inclina-se para um viés idealista, já que o pentecostal tende a tirar e isolar as palavras do contexto histórico específico que lhes deu origem e a transformar a palavra bíblica em algo absoluto.

A leitura bíblica pentecostal é literalista. Nesse ambiente, os gêneros literários existentes na Bíblia são ignorados ou reduzidos a qualquer narração do gênero histórico, de modo que tomam tudo ao pé da letra. Leem a Bíblia como qualquer texto histórico ou jornalístico. Leem as Escrituras pelas margens dos textos com o intuito de descobrir a “última revelação”. A exegese é substituída pela eisegese: faz dizer a certos textos o que querem que digam. Memorizar algumas passagens, fora do contexto, e repeti-las constantemente são indícios do verdadeiro conhecedor da Bíblia, segundo o pentecostalismo.

A hermenêutica pentecostal não reconhece os textos apocalípticos como um dos vários gêneros literários da Bíblia. Esses textos são lidos como vaticínios ou anúncios futuristas. Acreditam que o propósito deles é o de informar a respeito dos acontecimentos que sucederão antes do fim do mundo.

No sermão do monte, Jesus declarou que não só as palavras, mas até mesmo os pequeninos sinais diacríticos de uma palavra hebraica, vieram de Deus: “Em verdade vos digo que até que a terra e o céu passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido” (Mt 5,18). Portanto, para o pentecostalismo, o que quer que se diga como teoria a respeito da inspiração das Escrituras, a própria Bíblia reivindica para si mesma toda a autoridade verbal ou escrita.

Fica, pois, saliente para a hermenêutica pentecostal o fato de que a inspiração concede autoridade indiscutível ao texto ou documento escrito. A Bíblia não é só inspirada; é também, por causa de sua inspiração, inerrante, isto é, não contém erros. Tudo quanto Deus declara é verdade isenta de erro. No pentecostalismo, nada do que a Bíblia ensina contém erro, visto que a inerrância é consequência lógica da inspiração divina:

Deus não pode mentir (Hb 6.18); sua Palavra é a verdade (Jo 17.17). Por isso, seja qual for o assunto sobre o qual a Bíblia diga alguma coisa, ela só dirá a verdade. Não existem erros históricos nem científicos nos ensinos das Escrituras. Tudo quanto a Bíblia ensina vem de Deus e, por isso, não tem a mácula do erro (GEISLER, NIX, 1997, p.24.).

5.      Conclusão

O problema do não engajamento ecológico do pentecostalismo é de ordem hermenêutica. A leitura bíblica acrítica e literalista não permite o envolvimento do movimento pentecostal em ações em prol da preservação do planeta. A escatologia pentecostal, milenarista e pré-tribulacionista, tem um olhar pessimista sobre o céu e a terra.

Na ótica pentecostal a destruição do planeta Terra é sinal da irrupção da “parousia” de Jesus e início de um novo tempo, com um novo céu e uma nova terra, literalmente. Tal perspectiva faz o fiel pentecostal caminhar focado na expectativa do retorno do seu Senhor. A visão é futurista e o presente se resume a engajamentos evangelísticos.

Além disso, a escatologia pentecostal dita o comportamento do crente. A ética e a moral pentecostais são condicionadas pela apocalítica. “Se a Bíblia diz que a destruição do planeta é sinal da vinda de Jesus, por que se envolver em causas ecológicas? A Terra está destinada à destruição. Aguardamos um novo céu e uma nova terra”, afirma o pentecostal.

 Carlos Cunha

Referências

SYNAN. Pentecostalismo. In: ELWELL, Walter. (Ed.). Enciclopédia histórico-teológica da Igreja cristã. São Paulo: Vida Nova, 1990, v.3.

PASSOS, João Décio. Pentecostais: origens e começo. São Paulo: Paulinas, 2005. p.53

BASTIAN, Jean-Pierre. Os pentecostalismos: afirmação de uma singularidade religiosa latino-americana. Revista de Estudos e Pesquisas em Religião, São Bernardo do Campo, UMESP, ano XXIII, n. 27, p. 26, dez. 2004.

MENDONÇA, Antônio Gouvêa; FILHO, Prócoro Velasques. Introdução ao protestantismo no Brasil. 2.ed. São Paulo: Loyola, 2002.

WALKER, William (Ed.). Bíblia Sagrada com as referências e anotações de Dr.C.I. Scofield. Sociedade Bíblica do Brasil.

GEISLER, Norman; NIX, William. Introdução bíblica: como a Bíblia chegou até nós. São Paulo: Vida, 1997.

PENTECOST, J.Dwight. Manual de escatologia: uma análise dos eventos futuros. São Paulo: Vida, 1998.

CUNHA, Carlos Alberto Motta Cunha. Hermenêutica pentecostal e hermenêutica da libertação: estudo sobre dois projetos de leitura bíblica no Brasil. Dissertação de mestrado. Belo Horizonte: FAJE, 2007.


[2] “O movimento da Azuza Street” é o nome da reforma carismática evangélica que tem como característica o dom de falar em outras línguas – glossolalia. Localizada no centro de Los Angeles, a  Igreja episcopal metodista africana da Rua Azuza foi palco do início do pentecostalismo, em 1906 e 1909. Cf. SYNAN. Pentecostalismo. In: ELWELL, Walter. (Ed.). Enciclopédia histórico-teológica da Igreja cristã. São Paulo: Vida Nova, 1990, v.3, p.131-135.

[3] Cyrus Ingerson Scofield nasceu nos Estados Unidos em 1843. Foi soldado no Exército confederado durante a Guerra Civil Americana (1861-1865). Ao terminar a guerra, Scofield estudou direito e começou a exercer advocacia em 1869. Por causa do vício da bebida, a sua vida familiar e profissional foi arruinada. Em 1879 teve uma experiência de conversão e foi formado em sua fé cristã por James Brookes, pastor presbiteriano simpatizante de Darby. Foi ordenado em 1883 e aceitou o pastorado da Primeira Igreja Congregacional de Dallas, Texas. Como parte de seu ministério começou a desenvolver conferências sobre a Bíblia e a profecia, utilizando a interpretação dispensacionalista. Sua interpretação se tornou muito popular através de suas palestras que se realizaram pelos Estados Unidos. Destes trabalhos resultou a Bíblia de Scofield, publicada em 1907.

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